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     Tem muita gente que me acha nojenta, fresca, metida. Das 3, duas: sou nojenta e fresca mesmo! xP Que diacho será que não se pode ter preferência em relação as suas coisas? Comida por exemplo: e daí que eu não como todo tipo de carne? E daí se só como peixe na semana santa? E daí se não suporto queijo ralado? E daí se seco os utensílios antes de usá-los? E daí se bebo leite com açúcar? E daí se não como salami? E daí se só como stroganoff de frango? E daí se coloco ketchup no arroz? E daí se, as vezes, como miojo cru porque parece biscoito? E daí se não como na casa de estranhos? E daí se gosto do feijão primeiro e em cima dele o arroz? E daí se como só os 2? E daí se esquento a maionese se não como -a gelada? (tá se tiver fresca até como gelada) E daí se coloco orégano no ovo? E daí se não gosto de comida japonesa/chinesa? E daí se gosto de farofa quente? [divina!] E daí se frango pra mim tem que ser assado ou frito mas nem pensar cozido? … Bom isso foi em relação a cozinha…

E daí se ouço música antiga? E daí se não ando descalça? E daí se ouço rádio de política? E daí se não tenho animais de estimação? [nunca gostei deles mesmo] E daí se dava nome pras lagartixas que  la em casa apareciam?  E daí se falo sozinha? E daí se falo gírias da época da minha vó? E daí se não beijo o cara no primeiro encontro? E daí se a verdade escondo?  E daí se odeio a cor vermelha?  E daí se não suporto a rua do Níquel (?) Que pra mim não vale um penny se quer. E daí se odeio história? (a matéria). E daí se não tolero a XuXa e o Didi? (tá na hora de se aposentarem hein pessoas). E daí se acompanho o campeonato brasileiro? (seja onde estiver!). E daí se minha mãe me ensinou que pra todos devo respeito mas por alguns tenho desprezo? E daí se roo unha, as vezes paro, mas ai volto? E daí se não sei dormir sem um lençol a me cobrir? E daí se rima algumas vezes quando escrevo? E daí se dei meu número de telefone errado pra’quelas pessoas que ficam na rua fazendo enquetes? E daí se já peguei ônibus errado? E daí se não me atrevo a comer cogumelos? (sempre penso que estão envenenados)*.*’ E daí se só durmo com a luz apagada? E daí se nasci careca? x~ E daí se tenho ainda minha primeira boneca? E daí se coloquei o nome no meu ursinho de pelúcia de Dawson?

A vida é minha. Tudo que faço é problema unicamente meu. Se você quiser começar a pagar minha conta de telefone ou bancar minhas roupas, sapatos… alguma coisa do tipo, ai sim vc vem dar palpite, porque da próxima vez que apontar o dedo, vô te mostrar o caminho pro espelho. Quem é que nunca deparou com esse tipo de perguntinhas, diz ai?

[Fim de transmissão]

         Tava pensando aqui com meus botões… mas ai bateu aquele sentimento de culpa. ¬¬’ Porque na segunda-feira  liguei pra minha mãe e, não falava com a coroa fazia uns tempos… *meses* que não ligava e tinha uma descente conversa que passasse de 30 minutos. Deixei a fraqueza tirar minha visão. É. Tava tão cega achando que se não ligasse pra ela, alias, pra ninguém se quer, que acabei esquecendo de como era a voz e como é bom ter seus conselhos. Fica ai a dica: conselho de gente madura é sempre bom, principalmente, quando se trata de seus pais. Infelizmente eles têm 90% de chances de estarem certos sobre alguma coisa. Enfim, percebi que ela meio que me deu um puxão de orelha quando me contou que tinha falado com meu irmão que a cadela dele tinha batido as 4 patas. Ele literalmente chorou, dizendo que minha mãe devia ter olhado melhor a bichinha etc. Minha mami’s respondeu: “Deixa de ser trouxa garoto! a cachorra tá la na casa da sua avó…”; “isso que dá quando você não liga pra casa pra saber das coisas. Um dia eu e teu pai vamos estar mortos e não vai nem saber quando é o funeral, só porque não liga.” Cruel. Né que minha velha tem razão! (Obs: só pra explicar : meu irmão fica quase a semana toda no exército e não pode sempre ligar pra casa).

Fico milênios sem ligar. E como já havia mencionado, pra ninguém mesmo *—* Recebo muitas críticas, é verdade… Mas presta bem atenção: Toda vez que digito no telefone exatamente 37 dígitos pra falar com algum conhecido meu, lá vem  as mesmas perguntas: (como quem não quer nada o indivíduo se oferece…) a de recorde número 1: “E ai, cê tá namorando alguém?” O.O’ – sem comentários – 2: “Quando você volta?” – não! Pelo amor que você tem a si mesmo, não me pergunte isso, porque ai mesmo que dá vontade  de pegar o próximo avião de partida… nem eu sei quando volto, tô resolvendo problemas pessoais *.* Portanto, não me irrite com essa pergunta. 3:“Ai é frio mesmo?” x_x’ Ô demência, só falando assim mesmo… se não caísse neve, se os carros não tivessem aquecedor, se não fosse preciso usar botas, cachecol e casaco com pele de urso… aqui bem que podia ser comparado com os países tropicais sabe… 4: “Têm muito brasileiro aí?” tá, vô confessar que essa aí é até admissível – só quando é perguntada apenas uma vez pela mesma pessoa – É um numero generoso, depende mesmo de qual parte se está localizado e pra esclarecer mais ainda… na verdade quase não tem carioca. Lamentável. Nada   contra os outros habitantes da nossa pátria amada Brasil, mas gente, carioca aqui é bichinho raríssimo! 5: “você tá trabalhando?” Nããão. Como é que você pensa que recebo dinheiro ?? Roubando? Sequestrando pessoas e pedindo recompensa? Rodando bolsinha na esquina? Vendendo drogas? Brincando de *Patty ? Faça-me o favor né! Sou normal. Apliquei ‘prum emprego’ e me chamaram oras. 6:“você assiste tv ?” O.O’ [2] é, já me perguntaram isso. Como é que esse povo acha que eu sei das coisas? Porque o twitter me conta? Õ.o (em parte x} ) Confesso que dou uns tempos na minha relação com a Globo. Que a propósito sempre fala dos mesmos problemas (nem vale a pena mencionar…) E sim, eu vejo tv x~

Só pra esclarecimento: Faço Tudo que costumava fazer  antes  de morar aqui, a única diferença é que tenho  que me virar com mais dois idiomas :]

E mãe, eu te amo muito ♥ *minha espertinha*, não  esquenta a cabeça se essa filha desnaturada não te ligar, as vezes dói…

Pai, a gente sempre fecha. Você não me critica, só anima :]

Amigos, os verdadeiros: vocês sabem do carinho que sinto por cada um. Todo dia me lembro de algum momento que dividimos felicidades. São inesquecíveis e essenciais pra mim.

“É isso ai. A vida é tão boa…

quase sempre.”   [ Ana Carolina & Seu Jorge ]

Beijo único em cada um :*

É. Completou 1 ano. Parabéns ? Talvez.

  Há um longo ano não sinto um abraço daqueles que tanto me amavam, quer dizer… amam, não ouço meu nome pela voz suave de minha irmã *pequenina, não sinto mais o prazer de meus pais irritar e tão pouco meu irmão sacanear… É, a vida já foi mais humilde comigo.. no tempo em que tinha amigos, tempo em que pegava meu celular e não sabia pra quem ligar… era tanta gente pra poder falar! Tantas que algumas tinha até que ignorar – me desculpe se a minha caixa de mensagem você foi apresentado/a – hoje em dia coloco o toque do meu telefone só pra relembrar a sensação de quando tinha gente me ligando, *castigo*. Não importa. Depois de um ano básico essas dores a gente omite, pega uma caixinha coloca tudo isso e mais um pouco, tranca, canta música de emo e enterra no passado. Não disse! Só com 365 dias você aprende a  ser até mais dura/o com as palavras, esquece os sentimentos, finge que mais nada tem valor… Pois é, não é bem assim… Esse período serve de teste: “até onde você vai ?”, melhor: “até onde você quer chegar ?”. Enfim, serve pra ver até onde você consegue sacrificar seus tesouros pra conseguir algo em prol ao seu próprio bem. Também serve como balança, para perceber o real valor do seu antigo universo, o nível que  costumava tratar as pessoas, a maneira, a importância… É um tempo para brincar de jogo da memória, de relembrar momentos que marcaram a sua história, tanto faz se foi de dor ou agonia, amor, sabedoria, paixão, decepção ou até mesmo ilusão. Você passa a ver tudo como num filme onde você mesmo é o roteirista, escolhe se vai ou se fica, se fala ou cala, se age ou se esconde, quando dorme ou pede mudança, se finge de morto ou manda notícia, bebe fanta ou entorna uma pinga… São tempos de cólera. Parece não ter cura, você desiste ou luta ? (pausa)… ouça uma música. É. Porque quando se canta a alma se levanta e o mundo inteiro dança… Infelizmente na vida nem toda música possui ritmo de samba, na minha por exemplo tem mais rock do que pop, indie, punk até mesmo um pouco  de funk, das religiosas a bossa nova, de nacionais  a importadas, tem do axé ao country, acredite se quiser que até melô de corno eu ouço, é, pagode (de vez em quando, quase nunca, sempre parando). O lance das músicas é só pra dizer que você pode escolher a melodia que toca na sua vida, mas todas  as letras se resumem nas mesmas tristezas, claro que no contexto é sempre uma bela história, personagens românticos, paixões avassaladoras, coisas que acontecem lá na infância.. Tanto faz. Sempre vai ter uma dessas musicas tocando como ‘playback’ enquanto se caminha e lembra da família, ou quando se lembra daquele momento de diversão com os amigos na volta pra casa numa noite de domingo, o olhar 47 de seu namorado te beijando com os olhos literalmente… É. Você acostuma a viver sem tudo isso, aprende a ficar no silêncio de seus pensamentos, desenvolve cartas emocionantes, derrama lágrimas constantes – cerca de 10 a 15 minutos, depois para,respira e só volta a chorar a daqui não sei quantos meses, tudo porque se acostuma ou pelo menos se conforma. Já não te irrita mais  quando ninguém te nota ou te recorda ou fingem que não estão nem aí … Mais uma vez: “isso já não importa mais”. A noite aparece e você só quer desestressar o corpo depois de um dia inteiro ter trabalhado que nem cachorro. Dai se levanta na aurora seguinte, faz-se uma oração e vamos tentar vencer mais um dia.

Beijo Gordo’s people :*