JL

Primeiramente se você for do sexo masculino, não sinta-se ofendido. Tenha em consideração que este blog é apenas um cantinho único de livre expressão e muitas vezes desabafo. A razão pela qual escrevo este post provem de algumas experiências obtidas em interação com o sexo masculino. Algumas boas, outras ruins, umas poucas engraçadas e umas péssimas. Há homens que são iguais a vestidos.  Há aquele justinho que sempre temos que ter para uma festa mais descolada, e sempre devemos manter em dia “pra dar um rolé”, um  tipo de amigo que pode se tornar algo extra numa caminhada mais longa, ou somente para companhia casual. Há o pretinho básico e clássico, um amigo gay por exemplo,  que toda mulher deve ter,  principalmente quando temos um evento mais sério, e não queremos compromisso com ninguém.  Há também aquele vestidinho mais leve e soltinho pra usar no fim de semana, um evento familiar por exemplo, sendo assim um namoro curto de 1 ano ou 2 com um rapazinho decente, só para mostrar a família que você esta interessada em um dia casar, ter filhos e uma vida tranquila. Não devemos esquecer que nós como mulheres devemos mostrar as curvas e a personalidade que possuímos com um vestidinho super atraente, de arrasar e atrair olhares de todos os lados. Neste caso um homem lindo de morrer, elegante, confiante e auto-suficiente , aparentemente com todas as qualidades que uma mulher poderia desejar, contudo não o considere como o “cara certo”, também não é importante assumir que seja e muito menos que o mesmo existe. Simplesmente concorde com alguns poucos encontros, faça-o se derreter pelo seu olhar, deixe-o com gostinho de quero mais e jogue-o para escanteio. Esse vestido, ops, homem, é só pra mostrar para amigas e inimigas que nenhum homem resiste a uma mulher produzida e quando ele descobre que a mesma  também possui um cérebro, ele cai de quatro e quer fazer de um tudo para estar com ela. Entretanto, no fundo, no fundo, sabemos que ele só quer ter uma noite ou duas de prazer momentâneo. Sendo assim, depois da meia-noite quando todo o encanto daquela maquiagem que levou 2 horas para ser feita vai embora juntamente com o brilho do vestido, e você mostra quem você realmente é, tudo muda… Enfim… Para sentir-se super stress-free uma blusa super larga vira um vestidinho super confortável e ao mesmo tempo simples e sexy. Apenas pegue uma blusa comprida qualquer  que você tenha jogado no seu guarda-roupa e use-a sem compromisso  e seja feliz. Fuja de quem  faz seu “tipo”, arrisque,  jogue pro alto e veja no que vai dar. Saia para jantar, converse horas no telefone, faça parte da rotina dele, mas o primordial: Não se apegue de forma alguma! O ponto que estou a tentar defender é que existem vestidos para todas as ocasiões, momentos e humores. Assim também existem homens para varias situações, e homens que também tratam mulheres como vestidos. Um tipo de mulher para cada circunstancia ou dia da semana . De fato, certas mulheres agem como se fossem manequins/modelos. Desfilam pelo mundo como se fossem vestidos a venda. inacreditável realidade. Da mesma forma as mulheres  também resolveram aderir ao estilo vulgar e medíocre de muitos homens e os tratam, e se tratam da mesma forma.  Do que vale viver de ilusões? Trocar de roupa todo dia quando a alma é que deveria ser renovada ? Será irreversível essa rotina na qual nos encontramos? Será possível tratar pessoas como seres humanos novamente?  Será  possível não brincar com o coração alheio? Será possível sentir no coração compaixão? Será possível  viver como não se houvesse o amanhã? Será acreditável que o amor prevalece acima de tudo? Será que ainda existe amor ? Infelizmente a sociedade atual trata um individuo como uma peça de roupa. Pessoas usam-se a todo tempo, principalmente quando a roupa é nova. Lavam-se para se reusarem, e as vezes sentem a necessidade de guardar algumas roupas de acordo com a demanda de eventos, afinal de contas, estar sempre usando o mesmo modelito pega super mal e não é nenhum pouco descolado. Com o desgaste do tempo, é necessário novo vestuário e vão-se as compras novamente. Porém  muitas vezes a  roupa ainda esta em bom estado mas mesmo assim queremos troca-la por uma nova. Quando pode-se, a roupa é paga em dinheiro vivo, mais rápido de se livrar da divida, já em momentos de sufoco passa-se no cartão  de crédito. Dai vem o problema dos juros e a quantidade de parcelas a pagar. Mas com “jeitinho” sempre dribla-se as regras e faz-se acontecer. Apesar de tudo, somos ainda seres humanos, hipócritas, mas somos. Não acredito que a sociedade mudará seus terríveis hábitos da noite para o dia. Porém uma parte de mim quer acreditar na possibilidade de sermos melhores, de restaurarmos valores que parecem/estão totalmente perdidos. Tristemente essa minha utopia parece ser bem impossível. Até porque aprendi a duvidar das pessoas. E, por mais amigável que aparentam ser, você nunca é/ou será o suficiente para ninguém em nenhum aspecto da vida.

Até um dia, se o mesmo houver.