JL

Archive for maio 2010

   

     A cada dia que se passa bate  a dor no coração. Mas a  certeza na alma da vitória. É verdade que o tempo passa e isso me conforta. Também é verdade que esse mesmo tempo não volta! A solidão me revolta. E as lágrimas batem a minha porta. A experiência que fica, essa é minha única amiga… Apesar de as verdadeiras amizades no Brasil ter encontrado e por lá mesmo ter deixado. O sol se põe. A noite vazia me encontra. A amargura da solidão de novo me amedronta… Me lembra da vida que já vivi e não mais me pertence… Tudo por um futuro reluzente, prazer que não me convence. Realizo em minha mente que preciso de um entorpecente. Penso e paro no tempo : Do que me adianta as aventuras se vivo na loucura? Se minhas paixões não passam de ilusões? Se meus sonhos acabam pela manhã. E a noite fria mais uma vez vem a minha visita? Não. Não é necessário de médico quando sei que essa dor não tem remédio. Tudo não passa de um leque. Na vida opções se abrem e fecham na hora que querem, sem mais  nem menos, multiplicando, somando, são tantas contas  que já me encontro no “devendo”… E se a decisão certa não for feita, com certeza, la vem a dor de cabeça. Não avisa. Só desanima. A dor se auto convida. Não há morfina. Isso é relaxante de gente fina. Somente o forte ela desafia. A mente se alucina de viver essa realidade com sensibilidade, como quem beija na surdina.  As palavras sentido algum fazem, mas, espero que se espalhem por esse mundo sem margens… tão cruel pros homens. Ainda bem que nasci mulher! ^^] Tenho fé. E nela fortaleco-me de pé. Bate o vento que for pro chão eu não vô. A cada dia tenho mais uma batalha, pra vencer sem armas, só possuo palavras.

E por fim, quem irá comprá-las ?

 

[Fim de transmissão] x*

'Onze minutos'  

Amém!  Sexta-feira acabei de ler “onze minutos” de Paulo Coelho.  

Me custou meses de insistência pra terminá-lo. Tudo bem que possuo esse romance há alguns anos… não passa de 4/5 , contudo,  aprendi a acreditar  que assim  como o velho clichê de minha mãe (te amo ‘espertinha’): “Tudo tem sua hora certa”. Um braço a torcer a esse clichê, já que mais do que sempre me consome literalmente.  

Há 4/5 anos atrás não seria talvez capaz de explorar a sagacidade de cada palavra, cada experiência dos personagens e enredo em si. Agora me vejo com perguntas mais esclarecidas, caminhos existentes que nunca tive a tal ‘luz’ a meu favor para mostrar.  

‘onze minutos’ que na verdade me tomou por horas/dias/meses [tá, sei que é uma vergonha levar meses pra ler um livro, mas não passou de 2 meses e meio, 3]  E, como já foi dito que o tempo tem o seu tempo de fazer tudo na hora certa fluir.. Enfim, todo ser que chega no estágio da vida no qual começam as tais perguntas: será que nesse planeta ainda somos capazes de viver paixões arrebatadoras? Aqueles romances clássicos/sofridos ?  Tenho a necessidade de sentir a ‘luz’ de um outro alguém abrindo caminhos/coração ? … É. Existe sim toda essa fantasia/realidade.  

Pra falar a verdade ao folhear as primeiras páginas, pensei, confesso, que fosse mais um daqueles livros sobre decepções amorosas que já se manifestam sem dó alguma na juventude. Quebrei a cara* ¬¬ ‘ Aliás é lá onde se inicia a avalanche de frustrações e auto desistência. Nada é mais belo quando você se vê diversas vezes naquele mesmo universo que é lido. E a medida que me deliciava a cada linha  e a personagem com sua inocência/infância/ambiente que crescia, me via nas mesmas entrelinhas. Claro que a realidade da tal ‘Maria’ é totalmente diferente da minha. Isso não vem ao caso. O que realmente importa é que a leitura desse fabuloso universo dos ‘onze minutos’ fez com que eu pudesse enxergar minha essência de mulher, o universo feminino, o corpo, coração, a Alma. E há quanto tempo não aprisiono tudo isso! Maria foi livre, viveu de um tudo, mesmo quando não sabia o que fazia, no que daria… e não, em momento algum se arrependeu de suas decisões. Essa é a motivação e determinação que quero sugar dessa mulher. Sua audácia, sua capacidade de suportar as dores diárias e transforma-las em poesia. Sua garra de buscar seus objetivos e fazer deles o motivo  de ainda continuar de pé.  

‘Onze minutos’. O título me chamou muito a atenção. Afinal, o que duraria esse específico tempo no livro ? Eu não te conto! E mesmo se você procurar no google sobre a sinopse do livro, não vai ser a mesma coisa, GARANTO. Pode ler, vai em frente.  

Por final, termino por dizer que a história é fantástica – ainda mais por ser baseada em fatos reais – Amor, dor, prazer, ódio, decepção, frustração, humilhação, inveja, disputa, realidade … é melhor parar ^^) … Todas as características citadas estão em onze minutos. Aprecie sem moderação.  

Mereceram recordação:  ↓  

“Já estou aqui há uma eternidade, não falo a língua, passo o dia escutando música no rádio, olhando o quarto, pensando no Brasil, torcendo para que chegue a hora de trabalhar e – quando estou trabalhando – torcendo para que chegue a hora de voltar para a pensão. Ou seja, estou vivendo o futuro em vez do presente.”  

“…O grande objetivo do ser humano é compreender o amor total. O amor não está no outro, está dentro de nós mesmos; nós o despertamos. Mas para este despertar, precisamos um do outro. O universo só faz sentido quando temos com quem dividir nossas emoções.”  

Beijo Gordo’s x*


Me

Say,
what's in your mind (?)

Enter your email address to subscribe to this blog and receive notifications of new posts by email.

Junte-se a 3 outros assinantes